quarta-feira, 8 de maio de 2019


Práticas Educativas – um diálogo constante
Diário de aprendizagem
Quinta- feira, 11 de abril de 2019

A aula começou com a apresentação do grupo do Roberto, Blezer, Gabrielle e Jéssica sobre a Sequência Didática




Nesse dia, revisamos o Parecer em resposta ao IFB a respeito da consulta sobre a adaptação curricular do Curso Técnico Integrado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Todavia, houve rodízio entre os componentes dos grupos, proporcionando novas formações e experiências.

Segue o resultado das discussões:

INTERESSADO: Instituto Federal de Brasília (IFB)
ASSUNTO: O IFB encaminha consulta sobre a adaptação curricular do curso técnico integrado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) REVISADO
RELATORES: Roberto Ramos e Ricardo Blezer + Safira Micaelle e Fabiana Leite
DATA DE APROVAÇÃO: 28/03/2019

I – RELATÓRIO
  1. Histórico
                          Ao analisar o Plano do Curso Técnico em Hospedagem Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Brasília, (IFB) – Campus Riacho Fundo, constatou-se uma aparente falta de revisão textual pelo número de troca de referência do nome do curso pelo de Técnico em Cozinha, também oferecido no Campus, bem  como anotações de diagramação não eliminadas do texto.   
                          Em se tratando da seção Perfil do Egresso, verificou-se, na listagem de “Competências”, uma preocupação salutar com o currículo oculto: o rol daqueles conteúdos, normalmente,  procedimentais e, sobretudo, atitudinais, que são ensinados na escola sem estarem explicitados nos ementários. Isso revela uma concepção curricular que não se resume aos conteúdos cognitivos, tradicionalmente privilegiados nos currículos escolares (Zabala, 1998).   
                           Nesta perspectiva, o plano preconiza algumas estratégias em consonância com o conceito de autonomia presente nas “Competências”, a saber: a divisão dos alunos em grupos de orientação (até 10 alunos) sob responsabilidade de um professor-orientador; e a obrigatoriedade de adoção do instrumento avaliativo de um portfólio a ser produzido durante todo o curso. Tais estratégias revelam uma concepção de currículo com conteúdos transversais; no entanto, a estrutura do ementário não comporta o registro desta concepção essencial para um educação integral.
                      No âmbito da formação técnica do aluno, observou-se a não obrigatoriedade de estágio como pré-requisito para obtenção de certificado de conclusão do curso.           
               No tocante à avaliação, percebeu-se que as propostas (instrumentos) apresentadas dialogam com as competências elencadas.  

2.                  A Base Nacional Comum Curricular

             No que concerne à Base Nacional Comum Curricular, ressalta-se  que as competências previstas podem ser vislumbradas ao longo de todo o Plano de Curso. Há evidências de preocupação com aspectos importantes para a formação integral como a valorização dos conhecimentos prévios dos alunos, assim como com o exercício da criatividade (como no caso da construção do portfólio, em que os discentes têm a autonomia de fazê-lo da forma como considerarem mais apropriado, de acordo com seus próprios interesses e desenvolvimento).
              Da mesma forma, há previsão de uso e valorização de diferentes linguagens e de saberes e vivências culturais distintas, o que pode ser percebido nas ementas de diferentes disciplinas.
              Ao elencar como competência “Demonstrar responsabilidade social e ambiental”, o Plano de Curso contempla competência trazida pela BNCC, ao remeter a aspectos como a promoção de direitos humanos, consciência socioambiental e consumo responsável, em consonância com a concepção de formação integral.  
              Finalmente, a competência 10, referente ao papel de cidadão crítico, atuante e solidário, da BNCC está, coerentemente, refletida em diversas das competências apresentadas pelo perfil do egresso.

II – ENCAMINHAMENTO DOS RELATÓRIOS
Em             Em vista do apresentado, elencam-se as seguintes considerações:

a.                  A falta de revisão textual evidencia uma possível falha na compreensão e implementação do conceito de Integração, uma vez que os traços de cópia e colagem de textos e estruturas no plano de curso revelam uma simetria entre os cursos técnicos de Cozinha e Hospedagem que não se coadunam com um concepção de integração verdadeira.    
b.                        A estrutura de tabela do ementário deve ser adaptada para incluir os conteúdos (procedimentais e atitudinais) transversais de forma clara, para que quando um professor for se referir ao ementário, fique claro que estes conteúdos devem ser ensinados, conforme considerações de Zabala (1998).    
c.                       Apesar das competências pessoais almejadas para o aluno dialogarem com a BNCC, percebe-se que elas estão em desacordo e em dissonância com as ementas, uma vez que estas não explicitam os conteúdos procedimentais e atitudinais implícitos na descrição do perfil do egresso.
d.                  Embora esteja prevista a organização de orientação por grupos e a atividade avaliativa do portfólio, tais estratégias precisam ser materializadas por meio de recursos de espaço e tempo, ou seja, precisam ser contempladas na grade horária, para garantir meios para sua efetiva realização. Caso contrário, corre-se o risco do portfólio ser desvirtuado/fragmentado e da orientação por grupos não se concretizar.
e.                     Na ausência da exigência do estágio, recomenda-se explicitar formas compensatórias de conteúdos procedimentais para assegurar a formação técnica no ementário, transversais ou não.  

Considerando Sacristan (2013), o currículo, sendo mediado pelo entendimento de professores e os materiais didáticos, corre o risco de ser interpretado de maneira diversa da proposta no plano de curso, de forma que os resultados educacionais não reflitam as intenções iniciais. Isto posto, há um importante consideração que, apesar de não estar diretamente atrelado ao âmbito do Plano do Curso, deve ser ponderada. Recomenda-se a adoção de mecanismos que promovam uma cultura escolar a qual proporcione o alinhamento dos professores em torno de uma concepção integrada de educação e de uma concepção integrada do currículo. No âmbito da organização institucional deve-se promover espaços e tempos de encontros e de estudo e capacitação para um maior alinhamento e construção de identidade da equipe pedagógica em prol dos princípios subjacentes ao Plano de Curso. Dessa maneira, propicia-se condições para uma coerência metodológica por parte dos professores, que são um dos atores que consubstanciam a proposta pedagógica representada no Plano de Curso.     


 No segundo momento, assistimos ao vídeo 'Educar pela pesquisa'- Pedro Demo, após seguiu-se uma discussão e depoimentos sobre o processo de aprendizagem.
Hora de reflexão e partilha de experiências!!!!














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